quinta-feira, 6 de junho de 2013

O PMDB do Paraná está na UTI; a direção atual rasgou o Estatuto

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(*) João Arruda
O PMDB do Paraná voltou a viver dias de ditadura esta semana. Ao dissolver, de forma arbitrária e unilateral mais de 70 diretórios eleitos democraticamente, a atual direção estadual agiu de forma irresponsável, rasgando o estatuto partidário. É uma decisão sem qualquer respaldo legal.
A atual direção do PMDB passou por cima de uma atribuição do Diretório Estadual. A famigerada reunião de segunda-feira (3) contou com apenas sete membros. Eles passaram por cima de diretórios formados e eleitos com a participação de milhares de peemedebistas que votaram nas convenções municipais.
Entre os diretórios dissolvidos está o de Curitiba, cujo presidente é o senador Requião, cuja militância se confunde com a história do PMDB. Requião foi eleito três vezes governador e duas vezes senador através do voto direto da população.
Nesta decisão mais um exemplo da arbitrariedade da atual direção. Não foi dado direito à ampla defesa nos prazos legais, como sempre ocorreu no PMDB. Os peemedebistas, que ao longo de tantos anos elegeram grandes lideranças do Paraná, estão chocados com esta atitude deplorável.
Este golpe no partido, patrocinado pela atual direção estadual, aconteceu a poucos dias de uma convenção que daria oportunidade de participação de mais de 10 mil filiados, só em Curitiba.
O PMDB, que nasceu MDB, foi o único partido que se contrapôs ao regime de exceção nos anos de chumbo da ditadura militar. Muitos militantes peemedebistas sofreram torturas, outros tantos morreram, defendendo a democracia, a liberdade de expressão e o direito ao voto.
Na justificativa da decisão, a direção atual tomou como base uma resolução criada pela antiga direção estadual. Esta resolução fala em possibilidade de dissolução, como forma de abrir um debate com os diretórios que não elegeram vereadores e não em uma canetada.
Como coordenador da bancada do PMDB na Câmara, vou procurar o líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves e o presidente nacional do PMDB, o vice-presidente Michel Temer e o senador Valdir Raupp.
Diante desta irresponsabilidade patrocinada pelo atual presidente, vou buscar apoio Jurídico em todas as instâncias possíveis.
Os defensores da democracia não podem se calar diante desta atitude que estamos vendo agora no PMDB.
Será que a ganância pelo poder deve sobrepor o desejo de milhares de peemedebistas que elegeram os diretórios dissolvidos?

(*) João Arruda, deputado federal do PMDB do Paraná


Deputado Federal João Arruda / Assessoria de Imprensa (41) 3078-5633
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