domingo, 10 de julho de 2011

Geração Cybernética: O perigo está na tela!

Follow momentodez on Twitter  Nos dias de hoje um tema específico tem causado profunda preocupação e frustração nos pais. A quantidade de tempo que as crianças e adolescentes desperdiçam na internet.

Temos que concordar que entre twitter, orkut, facebook, my space, msn, skype, youtube,– só para citar alguns – mais a quantidade de jogos disponíveis online, quem tem tempo de estudar, fazer ginástica ou interagir pessoalmente com os amigos? Quem tem tempo para alimentar-se de maneira adequada?

Para citarmos um exemplo de preocupação com esta questão, até Bill Gates, um dos bilionários do núcleo cibernético, há anos impôs limites (45 minutos diários e uma hora por dia nos finais de semana) ao tempo que seus filhos dedicam ao "lazer" na internet.

Alguns pais me dizem que enquanto o adolescente está em sua casa, no computador, eles mantém o controle da situação. Questiono sempre: - Que tipo de controle é esse? Isso não seria uma atitude de comodismo em relação ao exercício de educar?

A imediata resposta do click do mouse pode distorcer a perspectiva do real, incentivando a gratificação instantânea, criando impaciência e intolerância nas crianças e adolescnetes de hoje. Além disso, sem sequer dar-se conta, as crianças vão caindo na net (rede) e transformando-se cada vez mais apáticos, isolados e fisicamente inativos. Vale citar também os perigos das informações que muitas vezes chegam de forma extremamente deturpada, como o tema sexo.

Isso sem falar no bullying cibernético, que já causou dezenas de suicídios entre crianças e adolescentes. Os agressores cibernéticos vão se multiplicando, protegidos pela anonimidade e incentivados pela imensa quantidade de possíveis vítimas, disponíveis online praticamente a qualquer momento, bastando uma rápida pesquisa.

A quantidade excessiva de tempo que a geração cibernética passa prostada na tela do computador impede o melhor aproveitamento do tempo, que poderia ser utilizado no desenvolvimento de outras ferramentas, fundamentais para sua vida futura,incluindo o desenvolvimento emocional. Antigamente as crianças se reuniam para ir até as bibliotecas, consequentemente treinavam o ato de socializar. Os adolescentes buscavam os grupos para se relacionar, namorar. Hoje temos tudo numa tela de poucos centímetros. Até namoro e sexo viraram virtuais!

Algumas consequências dos excessos da vida paralela online já chegaram. Outras estão a caminho.

Já passa da hora de pais e educadores levarem o tema a sério e tomarem atitudes afim de buscar o equilíbrio nesta nova Geração Cibernética.

Alessandro Vianna : http://www.alessandrovianna.com.br/
Psicológo Clínico : CRP 06/61.297

Nenhum comentário :