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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Sessão contra venda da Copel foi a mais longa da história da AL, lembra Caíto

“Quando vejo o Fórum contra a Venda da Copel novamente aqui, impossível não relembrar aqueles momentos que passamos em agosto de 2001”, disse o líder do PMDB na Assembleia

“A sessão para votar a privatização da Copel, há exatos 10 anos atrás, foi a mais longa da história da Assembleia Legislativa do Paraná”. A afirmação é do deputado Caíto Quintana, líder do PMDB e um dos articuladores do movimento que derrubou o projeto do ex-governador Jaime Lerner, que permitiria a privatização da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel).

“Quando vejo o Fórum contra a Venda da Copel novamente aqui, impossível não relembrar aqueles momentos que passamos em agosto de 2001”, completou Caíto Quintana, ao saudar os manifestantes da mobilização em defesa das empresas públicas, que lotaram as galerias da Assembleia nesta terça-feira (16).

“Impossível também não lembrar a luta que tivemos que travar quando daquela verdadeira invasão dos manifestantes paralisando a sessão da Assembleia”, disse Caíto. “Os estudantes e trabalhadores passaram a noite aqui e enfrentamos muitas dificuldades para a retirada da polícia e seus cães que queriam tirar todos de dentro da Casa do Povo”.

SEGURANÇA DOS MANIFESTANTES – “Lutamos e exigimos que a polícia saísse inclusive da rampa de acesso ao Plenário, para que os estudantes pudessem passar sem serem coagidos”, recordou o líder do PMDB. Caíto destacou a atitude da bancada do partido que se uniu aos manifestantes obrigando o ex-governador Jaime Lerner a retirar da Assembleia o projeto.

“Agora nos unimos novamente. Os deputados do PMDB pediram, e foram atendidos pelo governador Beto Richa (PSDB), que retirou a Copel, a Sanepar, a Celepar e a Compagaz do projeto que amplia os poderes da Agência Reguladora”, informou.

ARQUIVAMENTO – Caíto conclui com um apelo ao governador para não enviar mais o projeto para a Assembleia. “A agência reguladora já existe, foi criada lá no governo Lerner. As empresas públicas já são reguladas e elas não podem visar lucro”, completou.

O ato desta terça-feira, reunindo representantes de 20 federações, sindicatos de trabalhadores e entidades de classe, marcou os 10 anos do movimento “A Copel é Nossa”, que impediu a privatização da empresa. A sessão foi proposta pelo deputado estadual Elton Welter (PT), para impedir a inclusão de empresas públicas na agência reguladora.